Eu recomendo, quem for a cidade de Curitiba deve aproveitar
e fazer o passeio de trem a Morretes (região litorânea do Paraná). O passeio é
maravilhoso, mas depende das condições climáticas, pois a visibilidade pode
ser prejudicada, caso o tempo não colabore. O meu passeio foi maravilhoso.
Existe um guia em cada vagão, para que o turista não perca nenhum detalhe do passeio. A história da ferrovia é descrita com riquezas de detalhes.
A ferrovia é considerada uma
obra-prima da engenharia. A construção durou menos de cinco anos e envolveu 9 mil homens. É possível ver pontes, túneis e viadutos que passam
pelo meio da Mata Atlântica num dos locais onde ela está mais preservada no
país. O Brasil tem hoje apenas 7% de Mata Atlântica,
sendo que 4% está nesta região. A
natureza é um dos grandes atrativos do passeio.
|
Canyon: Garganta do Diabo |
A estação ferroviária fica localizada juntamente com a estação
rodoviária da cidade. Às 8h da manhã, a concentração da Rodoferroviária de Curitiba
já é grande. O trem percorre cerca de 74 km do trajeto entre Curitiba e Morretes. A viagem dura cerca de 4 horas, já que a velocidade
é bastante reduzida.
Dizem que este passeio é o segundo roteiro turístico mais visitado do Paraná, depois das Cataratas de Foz do Iguaçu. As paisagens são todas dignas de cartão postal. Entre os pontos altos estão a Represa de Cangaíba, as ruínas das antigas estações, os canyons, a cachoeira Véu da Noiva, o Pico do Marumbi e a ponte São João.
|
Queda d'água Véu de Noiva |
|
Antiga estação desativada |
A estação Véu de Noiva - Restos do que foi uma estação, ao longo do trajeto do trem, aguardam seu fim, agonizando e disputando espaço com a Mata Atlântica.
Queda d'água Véu de Noiva - nome dado a uma cachoeira do Rio Ipiranga com 70 metros de queda. É um dos pontos favoritos para uma bela foto. Durante a viagem é importante ficar atento para registrar as belas paisagens que o passeio proporciona.
|
Santuário Nossa Senhora do Cadeado |
Santuário de Nossa Senhora do Cadeado – Reza a lenda que ali era uma das moradias dos operários que trabalharam na construção da ferrovia. Ao acabarem as obras, eles optaram em deixar a imagem de Nossa Senhora do Cadeado que os acompanhavam, e assim, foi criado o santuário. Além disso, para os aventureiros que desbravam a Serra do Mar a pé, pelas Trilhas do Itupava, o Santuário serve como um ótimo mirante para apreciação da natureza que envolve o lugar.
|
Cruz do Barão |
A Cruz do Barão é o local onde foram fuzilados o Barão do Cerro Azul (Ildefonso Pereira Correia) e seus companheiros, acusados de colaborar com a revolução federalista.
|
Conjunto Marumbi |
O Conjunto Marumbi é o conjunto de belas montanhas, é um dos pontos mais bonitos do passeio. O Pico do Marumbi mede 1.539 metros, é o ponto mais elevado do Paraná, e também o mais conhecido. O Conjunto Marumbi é constituído dos seguintes picos: Abrolhos, Torre dos Sinos, Esfinge, Ponta do Tigre, Olimpo (ou Marumbi), Boa Vista e Facãozinho. O Pico do Marumbi, legítima propriedade espiritual dos alpinistas e de turistas domingueiros, foi escalado pela primeira vez em 21 de agosto de 1879.
|
Ponte São João: toda construída em aço, que nos dá a sensação de estar sobrevoando por um grande abismo. |
Ponte São João - Uma obra arquitetônica de deixar qualquer um de boca aberta! A ponte foi inaugurada no ano de 1885 e foi construída durante as obras da ferrovia. Na época, foi considerada uma das grandes obras da engenharia nacional e um fato curioso foi que Dom Pedro II que lançou a pedra fundamental da obra. A ponte possui 110 metros de comprimento, 55 metros de altura e faz parte do patrimônio cultural e certamente é o principal cartão postal da viagem.
|
Ao todo, a ferrovia conta com 420 obras de arte, entre elas 13 túneis, 30 pontes e vários viadutos
|
A viagem termina na cidade de Morretes, mas isso é assunto para um outro post. Na próxima postagem eu falo sobre as cidades de Morrtetes e Antonina. Duas preciosidades para quem gosta de viajar no tempo e curtir a historia do nosso país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário